segunda-feira, setembro 30, 2013

Planeta em 2013 está pior que em 2007

Paulo Artaxo, um dos autores do relatório do IPCC, afirma que interferência do homem no clima aumentou 43%

terra2220 Com 90% de probabilidade, é seguro dizer que a ciência já tinha certeza, em 2007, quando foi divulgado o relatório anterior do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), de que a culpa do aquecimento que o planeta já vem experimentando e sofrerá ainda mais no futuro é do homem. No novo relatório, essa certeza aumentou ainda mais - mas numa proporção ainda maior se elevou o impacto do homem sobre a Terra. O planeta de 2013 é pior que o de 2007 e fica a dúvida se desta vez a mensagem dos cientistas vai conseguir sensibilizar os governantes e provocar ações.

"O IPCC é um corpo científico, fazemos ciência, não fazemos política pública. É a ONU e os governos que têm de ouvir a mensagem científica e agir. Nossa obrigação é mostrar que a urgência está aumentando e é isso que trazemos nesse relatório", afirma o pesquisador brasileiro Paulo Artaxo, da USP, e um dos autores principais do capítulo sobre nuvens e aerossóis.

Essa conclusão, segundo Artaxo, está sintetizada em um dado que num primeiro olhar pode ser de difícil compreensão - a chamada forçante radiativa, que mede o conjunto das interferências humanas no clima. De 2005 (ano base medido no relatório de 2007) a 2011 (usado no texto atual), houve um aumento de 43% nesse valor.

Na prática ela reflete a alteração no balanço radiativo da atmosfera. "O que mantém a vida e o clima no planeta é esse equilíbrio entre o quanto entra de radiação solar na Terra e o quanto sai. A forçante expressa essa diferença", diz.

Quanto mais gases de efeito estufa se acumulam na atmosfera, mais a radiação fica retida. E o valor da forçante sobe. "No final das contas, ela reflete todos os mecanismos com os quais o homem está alternando o clima. E em cinco anos, essa interferência aumentou 43%. É uma alteração brutal", diz.

Ao comparar, nos dois relatórios, os efeitos das mudanças climáticas já sentidos pelo planeta, fica mais evidente essa piora. No texto de 2007, por exemplo, a elevação do nível do mar registrada desde 1901 era de 17 centímetros. Agora são 19 cm. O aumento da temperatura a partir de 1850 era de 0,76°C. No novo relatório, partindo de 1880, o clima esquentou 0,85°C.

Na versão anterior se considerava que o Ártico estava perdendo 2,7% de gelo por década. Na atual, vai de 3,% a 4,1%. Aumentou, ainda, o grau de certeza de que estamos experimentando mais noites e dias quentes.

Visto em: IG Ciência

Nossos ancestrais pré-históricos usavam palavras familiares até hoje

Pieter_Bruegel_the_Elder_-_The_Tower_of_Babel_(Vienna)_-_Google_Art_Project_-_edited Linguistas britânicos determinaram que nossos ancestrais da Idade da Pedra que viveram na Europa poderiam ter utilizado certas palavras reconhecíveis atualmente em muitas línguas modernas, segundo um estudo publicado nos Estados Unidos.

Alguns nomes, verbos, adjetivos e advérbios descendem em grande parte de forma imutável das palavras de uma língua comum aos homens que viveram há 15 mil anos, explicou Mark Pagel, professor de biologia evolutiva da Universidade de Reading, no Reino Unido, e principal autor deste estudo.

Algumas destas palavras, como "I", "you", "we", "mother", "man" e "bark" (palavras inglesas para "eu", "você", "nós", "mãe", "homem" e "latir"), nas quais certas línguas mantêm o mesmo sentido ou quase o mesmo som que tinham na época, determinaram estes linguistas anglófonos.

Usando um modelo matemático, os pesquisadores conseguiram determinar que algumas palavras mudaram tão lentamente com o passar do tempo que elas conseguiram manter os traços de seu passado ancestral por 10 mil anos ou mais.

Essas palavras indicam a existência de uma grande família que unifica sete grupos linguísticos na Eurásia, revelaram os cientistas. Até agora, os linguistas se basearam apenas no estudo de sons similares entre as palavras para identificar aquelas que provavelmente teriam ancestrais comuns, como "pater", em latim, e "father" (pai) em inglês.

Mas esta abordagem traz o inconveniente de comparar às vezes palavras com sons próximos, mas sentidos muito diferentes, como "team" ("equipe") e "cream" ("creme").

Para evitar este problema, a equipe do professor Pagel partiu do princípio de que as palavras utilizadas diariamente provavelmente seriam preservadas por períodos muito longos. Eles se basearam neste elemento para prever palavras que tiverem uma sonoridade próxima no final.

"A forma como utilizamos certas palavras na linguagem cotidiana é de alguma forma comum a todas as línguas da humanidade", destacou Pagel em um comunicado. "Nós descobrimos que os nomes, os pronomes e os advérbios são substituídos com uma frequência muito menor, isto é, uma vez a cada 10 mil anos ou mais", estimou.

Desta forma, "as palavras usadas mais de uma vez por mil na linguagem cotidiana tiveram de sete a dez vezes mais chances de ir muito longe na superfamília das línguas eurasiáticas", estimou o cientista, cujo trabalho foi publicado na revista da Academia Americana de Ciências (PNAS).

Em estudos anteriores, Mark Pagel demonstrou a evolução das 7 mil línguas atualmente faladas no mundo, revelando a utilização da linguagem e por que algumas palavras desapareceram.

Visto em: Terra Ciência

Fazer dieta deixa você menos esperto

dieta Não adianta ir contra, a ciência parece disposta a provar com todas as forças que fazer dieta é uma furada. Lembra quando disseram que você não emagrece e ainda fica triste? Agora apareceu outra pesquisa, com uma conclusão ainda pior: dieta deixa você distraído e menos esperto.

Dessa vez, os pesquisadores entregaram testes a alguns voluntários – metade deles estava fazendo dieta e a outra não. A ideia era medir a capacidade absorção de informação nova, autocontrole,raciocínio lógico e espacial, e resolução de problemas. E o pessoal da dieta se saiu pior na maioria das vezes.

Por quê? Bem, além de passar fome, quem faz dieta perde boa parte do tempo contando calorias. E arrependido por ter extrapolado, de alguma forma, o limite calórico diário. Ou seja, essas pessoas se distraem mais – e ainda mantem o cérebro ocupado com coisas bem mais importantes, do tipo quantas calorias custou aquela mordida no bolo de chocolate da colega de trabalho.

E então, vale a pena fazer dieta?

Visto em: Ciência Maluca

sábado, setembro 21, 2013

domingo, setembro 08, 2013

Ouvir música faz bem ao coração

shutterstock_51595234 E não é só na hora de aliviar a dor de amor ou o mau humor. Música faz um bem ainda maior pra você: deixa seu coração mais forte – a ponto de melhorar a recuperação de pacientes que sofreram problemas cardíacos.

Pesquisadores dividiram 74 pacientes cardíacos em três grupos diferentes: dois terços fariam exercícios físicos, com ou sem música, e o outro não faria nenhum tipo de atividade física, mas teria de ouvir música todos os dias, por meia hora. Por três semanas, os cardiologistas acompanharam os voluntários e analisaram o progresso no tratamento de recuperação.

Ao fim do experimento, os pacientes que haviam praticado exercícios físicos ao som de música tiveram uma recuperação melhor do que a dos outros. Tiveram uma melhora significativa nas funções cardíacas e aumentaram em 39% a capacidade física. Quem praticou as atividades em silêncio apresentou só 29% de melhora na capacidade física. Mesmo quem só escutou música, mas não fez exercícios melhorou a capacidade física, em 19%.

Isso porque música deixa você feliz. Quando você escuta uma canção que te agrada, seu corpo libera endorfina, uma substância química com função analgésica, que também exerce um papel na sensação de prazer e bem-estar. E ela ainda melhora a saúde dos vasos sanguíneos. “Não existe uma melhor música para todos – o que importa é se a pessoa gosta e se a música a deixa feliz”, explica Delijanin Ilic, líder da pesquisa.

Visto em: Ciência Maluca