quinta-feira, dezembro 03, 2009
Palavras de Nietzsche
“Em algum remoto rincão do universo cintilante que se derrama em um sem-número de sistemas solares, havia uma vez um astro, onde os animais inteligentes inventaram o conhecimento. Foi o minuto mais soberbo e mais mentiroso da ‘história universal’: mas também foi somente um minuto. Passados poucos fôlegos da natureza, congelou-se o astro, e os animais inteligentes tiveram de morrer – assim poderia alguém inventar uma fábula e nem por isso teria ilustrado suficientemente quão lamentável, quão fantasmagórico e fugaz, quão sem finalidade e gratuito fica o intelecto humano dentro da natureza. Houve eternidade em que ele não estava; quando de novo ele tiver passado, nada terá acontecido, pois não há para aquele intelecto nenhuma missão mais vasta, que conduzisse além da vida humana. Ao contrário, ele é humano, e somente seu possuidor e genitor o toma tão pateticamente, como se os gonzos do mundo girasse nele. Contudo, se pudéssemos nos entender com a mosca, perceberíamos então que também ela bóia no ar com esse páthos e sente em si o centro voante do mundo.” – Friedrich Nietzsche
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