Somos seres sociais, necessitamos de um grupo para interagir. Precisamos conviver com pessoas diferentes para descobrirmos como nos comportar na sociedade e como somos humanos. Nisso passamos uma imagem para a sociedade, que nos devolve o que ela acha de nós, e através dessa devolução começamos a construir nossa personalidade.
Ao longo de nossas vidas aprendemos que as pessoas esperam que você tenha certas atitudes, tendo apenas como base sua aparência. Dependendo das roupas que uma pessoa veste, ou o jeito de andar, entre outros, já criamos em nossa mente o modo que ela fala, age, pensa. E assim criamos errôneos, que vão se fortalecendo na sociedade com o tempo.
Com essa ideia, algumas pessoas lançam suas imagens para o grupo esperando que ele faça o que pensam que deve ser feito, esquecendo que a devolução das pessoas é o que forma sua “personalidade social”, o conceito da sociedade. Muitas vezes suas convicções estão contrarias a sociedade, pois você tem toda uma história e uma linha de pensamento diferente do restante, e a multidão acaba tirando conclusões precipitadas (o que é normal atualmente).
Uma mulher que usa uma linguagem vulgar para conquistar um homem pode pensar que será fácil agarrá-lo, já que está se expondo e deixando bem claro (mesmo nas entrelinhas) que quer ele (que seja por apenas alguns minutos), porém, pode estar gerando uma repudia no homem, por achar seu nível intelectual superior ao dela e de jeito nenhum irá querer algo com ela. Aí já se forma o primeiro conceito. Porém se a mulher continuar investindo, cada vez mais irá criar um sentimento contrário no homem, já que ele não quer se envolver com “qualquer uma”. Ela então cria o seu conceito a respeito do homem, podendo achar que ele por estar “fugindo” dela possa ser homossexual. Este pensamento é criado tendo base a sociedade, pois a sociedade quer que ele a agarre e faça o que ela quer.
Neste ponto vemos um conceito forte na sociedade atual: que homens não podem deixar passar nada, que ao menor sinal de interesse precisam estar a postos para fazer a sua função de “macho”. Aí a sociedade contemporânea se contradiz, pois ao mesmo tempo em que se vangloria por ser moderna, por possuir um pensamento avançado, quer que seus indivíduos façam como há milhares de anos. Esquecemos que a mente se expandiu, e os seres já não pensam ou agem como antes.
No exemplo acima, acredito que o individuo que perante a sociedade agiu de “forma homossexual” sem ser, está correto quanto a sua mente. Pois vive do jeito que ele acredita ser correto, sem ter medo do que a sociedade pensa dele e espera que todos entendam o motivo de suas atitudes, que as pessoas lembrem-se do individualismo de cada ser, e que esqueçam de julgar as pessoas como um coletivo. Ao agir de tal forma, ele foi mais homem do que muitos “garanhões” que existem por aí. Ele sabe o significado de ser homem, sabe que isso não se mede pelo numero de pernas que já abriu, e sim pela qualidade delas.
Infelizmente uma grande parte da sociedade ainda segue pensando que somos todos iguais e querendo que as pessoas ajam de forma determinada, como robôs programados.
Não crie expectativas, não crie conceitos, não somos todos iguais.
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