segunda-feira, outubro 26, 2009

Dia do video

Começarei hoje com uma novidade por aqui. Como toda segunda — depois de um final de semana cansativo — é dificil fazer todas as coisas que normalmente fazemos, então postarei videos que achei interessantes, sobre filosofia, meio ambiente, cultura, etc... Começarei colocando uns videos sobre meio ambiente que achei legais.
E para os psicodélicos, vai um video do DJ brasileiro Shamamix, que está agora com seu projeto chamado The Reality Scientist. Um mestrea na arte multisensorial. Simplesmente hipnótico.

sexta-feira, outubro 09, 2009

Vida após a morte?

Bom voltando ao assunto da discussão que me referi no ultimo post. Havia uma pessoa que parecia ter uma visão próxima da minha. Toda vez que o professor pedia as coisas, ela dizia que não acreditava, dizia que a ciência tem respostas mais concretas que as religiões. Mas quando ele pediu a ela se acreditava em vida após a morte, ela respondeu que sim (até hoje não ouvi falar que a ciência comprovou isso). Quando perguntou para minha pessoa, respondi que não acreditava.
O professor ficou abismado e me pediu o que acontece depois da morte, e respondi que a meu ver, nós apenas morremos, nós deixamos de existir naquele momento, e que não existe nada de alma ou uma vida em um mundo celestial. Apenas morremos. Então minha amiga (a pessoa que citei antes) virou para mim e disse que essa visão que tenho é muito triste. Entendo que na visão dela fazemos tantas coisas na vida e depois apenas morremos e tudo fica para trás, não é algo proveitoso, e precisaríamos ter uma vida além dessa para colocarmos na balança tudo que fizemos, para ela teria que ter uma vida além dessa para tudo valer a pena. E essa é a visão das religiões, sendo para salvar a alma do inferno, ou elevar seu nível, viver em um mundo melhor, etc.
Como disse em um post antigo (cf. A energia interna), acredito que depois de morrermos nossa matéria se espalhará pelo mundo/universo, e aparecerá em outros seres/coisas, e de certa forma estarei espalhado por zilhões de coisas. Toda minha consciência, meus pensamentos, todo meu ser, minha vida morrerá naquele instante. Não haverá nenhum eu/espírito depois disso, seja ele no paraíso cristão/islâmico ou vagando pela roda das encarnações hindu/budista. Para muitos, isso parece realmente ser horrível, por que que estou vivendo se não é para desfrutar de uma vida melhor depois?
Acredito que esse olhar sobre a vida que muitos colocam, tira toda beleza da vida, transportando toda alegria e prazer para uma vida futura, fazendo desta apenas uma passagem e experiência para no futuro desfrutarmos de rios de leite. Ao esquecermos a vida após a morte, começamos a dar mais valor à vida que temos, e isso as religiões tiram de nós. Pois sempre tem algo melhor do outro lado do rio.
A religião nos dá a imortalidade, a chance de nossa essência nunca morrer. Mas acredito que existem maneiras mortais de deixar sua essência viva para sempre, ou pelo menos por um longo período. Pois as coisas que fazemos em vida ecoam pela eternidade, e ao fazermos nossos valores viverem nas novas gerações, estaremos transformando nosso nome e nossa essência eternos. Como grandes músicos, pensadores, atores, cientistas, etc.
Penso que essa é a maior beleza que a vida pode nos dar, já que após a morte a minha imagem se acaba, meus pensamentos se vão, mas deixo no mundo meus ideais, meus valores. E nessa questão bons valores deixados para o mundo nos tornarão um exemplo de vida positiva, e maus valores tornarão nossa vida um péssimo exemplo. Quantas pessoas são lembradas até hoje por seus grandes feitos? Milhares de pessoas. Mas não precisamos ser grandes nomes para fazer nosso valor sobreviver. Se em seu filho seu valor viver, este se passará para seu neto, e assim por diante.
Ao partir desse mundo deixarei minha vida, não viverei nunca mais de forma carnal ou espiritual, mas meus textos, pensamentos ficarão para sempre nesse mundo. Devemos parar de pensar em um mundo melhor que esse, pois esse mundo já é maravilhoso, basta apenas saber como enxergá-lo. Muitas coisas devem melhorar nesse mundo ainda, mas sempre terá que ter algo para lutarmos, pois senão não haverá sentido em continuar o caminho. Sempre haverá algo para questionar, é como se estivéssemos em um longo caminho, andando há anos para saber onde vai dar, ao chegar ao fim descobrimos que há o mar, ficamos maravilhados com tudo aquilo, mas aos poucos a beleza não nos satisfaz mais, e buscamos achar uma forma para descobrir o que há depois do mar. Enfim, sempre existirá algo para buscar, aperfeiçoar, mudar. Poderemos até ficar pelo caminho, mas deixaremos o caminho aberto para outras pessoas.
Viva a vida, pois ela é única. Viva por essa vida, e não por outra.
Um forte abraço!

terça-feira, outubro 06, 2009

O que é real ou fábula?


Recentemente, durante um curso de língua estrangeira (inglês), houve uma discussão sobre temas sobrenaturais. Achei interessante a resposta das pessoas presentes. Toda vez que me perguntavam se acreditava nestas coisas (como já era de se esperar), respondia que não. Mas as pessoas algumas vezes respondiam que sim e outras que não. Achei engraçado porque muitas acreditavam em fantasmas (espíritos), mas não acreditavam em bruxas. Quase todas respondiam de acordo com sua religião (exceto eu todos cristãos). Lembrei-me no momento de um documentário (Religulous), e de uma cena em que o protagonista pergunta a uma mulher, se depois de adulta ela conseguiria distinguir o que é real e o que é fantasia. No filme a mulher responde que saberia. Acreditar em anjos tudo bem, mas em fadas, daí já é demais, diriam os gnósticos.
Mas o que passamos a acreditar ser possível é aquilo que crescemos ouvindo que existe, e nossas mentes acabam aceitando essas histórias. Papai Noel só não existe porque crescemos ouvindo isso, e enquanto ninguém tocava nesse assunto (durante a infância) Papai Noel existia.
As histórias bíblicas no ocidente só são aceitas porque faz parte da cultura, e todos crescem cercado dessas histórias. Esses contos não se encaixam na Índia hindu, ou na China budista, pois lá as pessoas crescem ouvindo outras histórias, que também não são aceitáveis do lado de cá do planeta.
Se perguntasse a alguém se existe lobisomem, a resposta seria que não.
- Isso é algo impossível, ninguém nunca viu um deles, como um homem pode virar um lobisomem?
Aí se perguntar se acredita em santo ou anjo, a resposta provavelmente seria que sim. Mas, tirando as escrituras bíblicas (que não é comprovação nenhuma), ninguém viu alguém andar sobre as águas, viver dentro de um peixe, ou multiplicar pães. Provavelmente alguém que se pronuncia dessa forma é visto como um ser imoral e impuro. Mas não consigo entender como um mundo adulto onde as fantasias infantis são inaceitáveis pode aceitar fantasias também.
No fim somos refém de nossos cérebros. É mais simples buscar as respostas fora, do que ir aos confins da mente atrás de si mesmo. Somos o que somos hoje, graças a um acidente natural que acabou com répteis gigantes há 65 milhões de anos. Somos todos uma Alice no país das Maravilhas.

Mais tarde voltarei com outro pesamento que surgiu nessa discussão de Inglês.
Um abraço a todos ;)