terça-feira, outubro 06, 2009

O que é real ou fábula?


Recentemente, durante um curso de língua estrangeira (inglês), houve uma discussão sobre temas sobrenaturais. Achei interessante a resposta das pessoas presentes. Toda vez que me perguntavam se acreditava nestas coisas (como já era de se esperar), respondia que não. Mas as pessoas algumas vezes respondiam que sim e outras que não. Achei engraçado porque muitas acreditavam em fantasmas (espíritos), mas não acreditavam em bruxas. Quase todas respondiam de acordo com sua religião (exceto eu todos cristãos). Lembrei-me no momento de um documentário (Religulous), e de uma cena em que o protagonista pergunta a uma mulher, se depois de adulta ela conseguiria distinguir o que é real e o que é fantasia. No filme a mulher responde que saberia. Acreditar em anjos tudo bem, mas em fadas, daí já é demais, diriam os gnósticos.
Mas o que passamos a acreditar ser possível é aquilo que crescemos ouvindo que existe, e nossas mentes acabam aceitando essas histórias. Papai Noel só não existe porque crescemos ouvindo isso, e enquanto ninguém tocava nesse assunto (durante a infância) Papai Noel existia.
As histórias bíblicas no ocidente só são aceitas porque faz parte da cultura, e todos crescem cercado dessas histórias. Esses contos não se encaixam na Índia hindu, ou na China budista, pois lá as pessoas crescem ouvindo outras histórias, que também não são aceitáveis do lado de cá do planeta.
Se perguntasse a alguém se existe lobisomem, a resposta seria que não.
- Isso é algo impossível, ninguém nunca viu um deles, como um homem pode virar um lobisomem?
Aí se perguntar se acredita em santo ou anjo, a resposta provavelmente seria que sim. Mas, tirando as escrituras bíblicas (que não é comprovação nenhuma), ninguém viu alguém andar sobre as águas, viver dentro de um peixe, ou multiplicar pães. Provavelmente alguém que se pronuncia dessa forma é visto como um ser imoral e impuro. Mas não consigo entender como um mundo adulto onde as fantasias infantis são inaceitáveis pode aceitar fantasias também.
No fim somos refém de nossos cérebros. É mais simples buscar as respostas fora, do que ir aos confins da mente atrás de si mesmo. Somos o que somos hoje, graças a um acidente natural que acabou com répteis gigantes há 65 milhões de anos. Somos todos uma Alice no país das Maravilhas.

Mais tarde voltarei com outro pesamento que surgiu nessa discussão de Inglês.
Um abraço a todos ;)

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