segunda-feira, março 29, 2010
Pássaros "leem" da esquerda para a direita
Não é só tradição ocidental, não. Pesquisadores da Universidade de Chicago descobriram que contar ou ler coisas da esquerda para a direita também é comum aos pássaros.
Como teste, eles adestraram um grupo de aves de modo que eles pegassem sempre o quarto objeto de uma fila em troca de recompensas.
A princípio, a fila era vertical, mas, quando colocada horizontalmente, os pássaros continuavam a pegar o quarto objeto - só que contando da esquerda para a direita. Foi a primeira vez que um dispositivo de leitura como este foi encontrado em uma espécie além da humana.
Incrível, não?
Fonte: Super Interessante
quinta-feira, março 18, 2010
Contos orientais
Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que adorava ensinar sua filosofia para os jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda que ele ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. E, conhecendo a reputação do velho samurai, estava ali para derrotá-lo, aumentando sua fama de vencedor.
Todos os estudantes manifestaram-se contra a idéia, mas o velho aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos - ofendeu inclusive seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho mestre permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo- se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou- se.
Desapontados pelo fato do mestre ter aceito tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:
- Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?
- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? - perguntou o velho samurai
- A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos - disse o mestre -
Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo.
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Um velho monge e um jovem monge estavam andando por uma estrada quando chegaram a um rio que corria veloz. O rio não era nem muito largo nem muito fundo, e os dois estavam prestes a atravessá-lo quando uma bela jovem, que esperava na margem, aproximou-se deles. A moça estava vestida com muita elegância, abanava o leque e piscava muito, sorrindo com olhos muito grandes.
– Oh – disse ela –, a correnteza é tão forte, a água é tão fria, e a seda do meu quimono vai se estragar se eu o molhar. Será que vocês poderiam me carregar até o outro lado do rio?
E ela se insinuou sedutora para o lado do monge mais jovem.
O jovem monge não gostou do comportamento daquela moça mimada e despudorada. Achou que ela merecia uma lição. Além do mais, monges não devem se envolver com mulheres. Então ele a ignorou e atravessou o rio. Mas o monge mais velho deu de ombros, ergueu a moça e a carregou nas costas até o outro lado do rio. Depois os dois monges continuaram pela estrada.
Embora andassem em silêncio, o monge mais novo estava furioso. Achava que o companheiro tinha cometido um erro ao ceder aos caprichos daquela moça mimada. E, pior ainda, ao tocá-la tinha desobedecido às regras dos monges. O jovem reclamava e vociferava mentalmente, enquanto eles caminhavam subindo montanhas e atravessando campos. Finalmente, ele não agüentou. Aos gritos, começou a repreender o companheiro por ter atravessado o rio carregando a moça. Estava fora de si, com o rosto vermelho de tanta raiva.
– Ora, ora –, disse o velho monge. - Você ainda está carregando aquela mulher? Eu já a pus no chão há uma hora.
E, dando de ombros, continuou a caminhar.
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Um peregrino passa diante de um vasto canteiro de obras.
– O que você está fazendo? – pergunta a um dos operários que vê por ali, trabalhando com grande empenho.
O trabalhador acha a pergunta engraçada. Enxuga o suor do rosto enquanto responde:
– Não está vendo? Estou quebrando pedras.
Mais adiante, o peregrino pergunta a mesma coisa a um outro talhador de pedras.
– Estou ganhando o meu sustento – responde, com grande seriedade.
Antes de deixar o canteiro de obras, o peregrino faz a pergunta ainda uma vez, a um terceiro talhador de pedras.
– Eu estou ajudando a construir uma catedral – responde este, sorrindo.
O peregrino retoma seu caminho.
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O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d’água e bebesse.
– Qual é o gosto? – perguntou o Mestre.
– Ruim – disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:
– Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
– Qual é o gosto?
– Bom! – disse o rapaz.
– Você sente o gosto do sal? – Perguntou o Mestre.
– Não – disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:
– A dor na vida de uma pessoa é inevitável. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Então, quando você sofrer, a única coisa que você deve fazer é aumentar a percepção das coisas boas que você tem na vida.
Deixe de ser um copo. Torne-se um lago.
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Visto em: Saindo da Matrix
Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. E, conhecendo a reputação do velho samurai, estava ali para derrotá-lo, aumentando sua fama de vencedor.
Todos os estudantes manifestaram-se contra a idéia, mas o velho aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos - ofendeu inclusive seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho mestre permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo- se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou- se.
Desapontados pelo fato do mestre ter aceito tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:
- Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?
- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? - perguntou o velho samurai
- A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos - disse o mestre -
Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo.
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Um velho monge e um jovem monge estavam andando por uma estrada quando chegaram a um rio que corria veloz. O rio não era nem muito largo nem muito fundo, e os dois estavam prestes a atravessá-lo quando uma bela jovem, que esperava na margem, aproximou-se deles. A moça estava vestida com muita elegância, abanava o leque e piscava muito, sorrindo com olhos muito grandes.
– Oh – disse ela –, a correnteza é tão forte, a água é tão fria, e a seda do meu quimono vai se estragar se eu o molhar. Será que vocês poderiam me carregar até o outro lado do rio?
E ela se insinuou sedutora para o lado do monge mais jovem.
O jovem monge não gostou do comportamento daquela moça mimada e despudorada. Achou que ela merecia uma lição. Além do mais, monges não devem se envolver com mulheres. Então ele a ignorou e atravessou o rio. Mas o monge mais velho deu de ombros, ergueu a moça e a carregou nas costas até o outro lado do rio. Depois os dois monges continuaram pela estrada.
Embora andassem em silêncio, o monge mais novo estava furioso. Achava que o companheiro tinha cometido um erro ao ceder aos caprichos daquela moça mimada. E, pior ainda, ao tocá-la tinha desobedecido às regras dos monges. O jovem reclamava e vociferava mentalmente, enquanto eles caminhavam subindo montanhas e atravessando campos. Finalmente, ele não agüentou. Aos gritos, começou a repreender o companheiro por ter atravessado o rio carregando a moça. Estava fora de si, com o rosto vermelho de tanta raiva.
– Ora, ora –, disse o velho monge. - Você ainda está carregando aquela mulher? Eu já a pus no chão há uma hora.
E, dando de ombros, continuou a caminhar.
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Um peregrino passa diante de um vasto canteiro de obras.
– O que você está fazendo? – pergunta a um dos operários que vê por ali, trabalhando com grande empenho.
O trabalhador acha a pergunta engraçada. Enxuga o suor do rosto enquanto responde:
– Não está vendo? Estou quebrando pedras.
Mais adiante, o peregrino pergunta a mesma coisa a um outro talhador de pedras.
– Estou ganhando o meu sustento – responde, com grande seriedade.
Antes de deixar o canteiro de obras, o peregrino faz a pergunta ainda uma vez, a um terceiro talhador de pedras.
– Eu estou ajudando a construir uma catedral – responde este, sorrindo.
O peregrino retoma seu caminho.
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O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d’água e bebesse.
– Qual é o gosto? – perguntou o Mestre.
– Ruim – disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:
– Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
– Qual é o gosto?
– Bom! – disse o rapaz.
– Você sente o gosto do sal? – Perguntou o Mestre.
– Não – disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:
– A dor na vida de uma pessoa é inevitável. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Então, quando você sofrer, a única coisa que você deve fazer é aumentar a percepção das coisas boas que você tem na vida.
Deixe de ser um copo. Torne-se um lago.
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Visto em: Saindo da Matrix
domingo, março 14, 2010
Transparent
"And everyone of us, when we go into the psychedelic state, this is what we should be looking for. It's not for your elucidation, it's not part of your self-directed psychotherapy, you are an explorer, and you represent our species. And the greatest good you can do is to bring back a new idea, because our world is endangered by the absence of good ideas. Our world is in crisis because of the absence of consciousness. And so, to what ever degree, any one of us can bring back a small piece of the picture, and contribute it to the building of the new paradigm, then we participate in the redemption of the human spirit. And that, after all, is what it's really all about."
"E todos nós, quando vamos para o estado psicodélico, é isso que deveríamos estar procurando. Não é para sua elucidação, não é parte de sua auto-dirigida psicoterapia, você é um explorador, e que representa a nossa espécie. E o maior bem que você pode fazer é trazer de volta uma idéia nova, porque o nosso mundo está ameaçado por falta de boas idéias. Nosso mundo está em crise por causa da ausência de consciência. E assim, em qualquer nível, qualquer um de nós pode trazer de volta um pequeno pedaço do quadro, e contribuir para a construção do novo paradigma, então nós participamos na redenção do espírito humano. E que, afinal, é o que realmente se trata. "
Burn In Noise – Transparent
"E todos nós, quando vamos para o estado psicodélico, é isso que deveríamos estar procurando. Não é para sua elucidação, não é parte de sua auto-dirigida psicoterapia, você é um explorador, e que representa a nossa espécie. E o maior bem que você pode fazer é trazer de volta uma idéia nova, porque o nosso mundo está ameaçado por falta de boas idéias. Nosso mundo está em crise por causa da ausência de consciência. E assim, em qualquer nível, qualquer um de nós pode trazer de volta um pequeno pedaço do quadro, e contribuir para a construção do novo paradigma, então nós participamos na redenção do espírito humano. E que, afinal, é o que realmente se trata. "
Burn In Noise – Transparent
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terça-feira, março 02, 2010
Há momentos
“Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.”
Clarice Lispector
Um abraço a todos (:
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.”
Clarice Lispector
Um abraço a todos (:
A invenção do …
“Nas versões seculares do Apocalipse, a nova era se manifesta por meio da ação humana. Para Jesus e seus discípulos, o novo reino só poderia concretizar-se pela vontade de Deus; mas a vontade de Deus encontra resistência no poder do mal, por eles personificado como Belial, ou Satã. Nesta visão das coisas, o mundo é dividido entre forças boas e más; chega-se inclusive a sugerir que a humanidade pode ser governada por um poder diabólico. Nada parecido será encontrado na Bíblia hebraica. Satã aparece no Livro de Jó, mas como emissário de Yahwel, e não como uma personificação do mal. A visão do mundo como campo de batalha entre forças do bem e do mal só se desenvoveu em posteriores tradições apocalípticas judaicas.”
Trecho do livro Missa Negra, de John Gray.
Trecho do livro Missa Negra, de John Gray.
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