quinta-feira, outubro 25, 2018

O modo francês de educar os filhos revela: é preciso preservar os direitos dos pais

Por Rosane Queiroz

Cena 1: uma menina de 2 anos faz birra na hora de comer e atira uma batata frita no chão. Cena 2: a mesma criança causa tumulto numa festa infantil quando a mãe anuncia que devem ir embora. Talvez essas situações fossem encaradas como algo constrangedor, mas comum, se tivessem acontecido no Brasil ou nos Estados Unidos. Mas, na França, a jornalista americana Pamela Druckerman, mãe da enfant terrible em questão, sentiu o desprezo de seus vizinhos parisienses. Percebeu, então, que crianças francesas não jogam comida no chão – título do livro que escreveu sobre o modo francês de educar, lançado na Inglaterra e nos Estados Unidos, já um best-seller.
Vivendo durante dez anos em Paris com o marido britânico e três filhos pequenos (a menina e um casal de gêmeos), Pamela ficou abismada ao ver as crianças francesas comendo tomate à provençal sem sequer se sujar – e sem interromper os adultos -, diferentemente de sua filha, que solicitava atenção o tempo todo, fazendo pouco caso da comida. Ex-repórter do The Wall Street Journal, ela resolveu investigar as origens desse comportamento civilizado, que está na forma como as mães francesas criam os filhos. O segredo? Não vivem em função deles nem tratam as crianças como pequenos reis. Elas não toleram birras, não negociam nem passam o fim de semana acompanhando os pequenos em parquinhos ou festas infantis. Em resumo, educam, mas conseguem manter a vida adulta sem transformar seu mundo num playground. “Para ser um tipo diferente de mãe, você precisa de uma visão diferente sobre o que uma criança realmente é”, decreta ela, logo de cara.
A carapuça, em boa parte dos casos, serve para as mães brasileiras, já que a educação por aqui é pautada mais pela americana do que pela europeia, como observa a psicopedagoga Ceres Alves de Araújo, da PUC de São Paulo. “As francesas sabem dizer não e ponto”, afirma Ceres, que morou em Paris e viu como lá a “criança é tratada como criança”. Para a psicopedagoga, a diferença é que na cultura americana os pais se perdem em longas explicações desnecessárias para os filhos pequenos. “Até os 5 anos, a criança nem sequer entende tantos argumentos. Basta dizer não”, aconselha. Se houver réplica, Ceres sugere a resposta: “Porque sou sua mãe e sei o que é melhor”. É na adolescência, quando caberia esticar a conversa, que muitos pais, exaustos, optam pelo “não e ponto”. “São comportamentos invertidos. A criança precisa ser obediente na infância para na adolescência se tornar um ser desobediente.”

Menu completo
A alimentação, tema crucial para a maioria das mães do planeta, é uma das questões sobre as quais Pamela Druckerman se debruça. Segundo a autora, as francesas prezam horários fixos para as refeições, sempre à mesa, começando com uma salada e terminando com queijo. As crianças comem uma versão encurtada do menu dos adultos e são encorajadas a provar de tudo. Não existe criar um cardápio diferenciado ou a hipótese de preparar outro prato porque naquele dia não tem nada que o pequeno aprecie. Comida, na França, não envolve jogo emocional. “Os pais preparam as refeições com calma e ingredientes frescos. As crianças aprendem a respeitar o alimento”, diz a francesa Eileen Leazeau, secretária executiva que vive há 21 anos nos Estados Unidos e é mãe de três adultos.

Sono e polidez
O horário de ir para a cama é outro drama tratado com sabedoria à francesa. Enquanto nos Estados Unidos (e aqui!) os pais passam meses sem dormir para atender o bebê no meio da noite, os franceses aguardam até dez minutos para ter certeza de que a criança está realmente infeliz. Eles se permitem acreditar que o pequeno pode estar apenas resmungando ou sonhando. Ou que logo voltará a dormir. “Pais que se revezam no quarto do filho criam um condicionamento inadequado”, acredita Ceres.
Sob diversos aspectos, os franceses esperam mais de uma criança, ainda que ela seja apenas uma criança. Isso significa que os pequenos não só devem dizer “por favor” e “obrigado” mas também bonjour e au revoir aos adultos. Eles ainda devem aprender a esperar, seja em nome da paz doméstica, seja para evitar constrangimento social. Os pais, ali, se empenham em combater o caos criado pelo mundo infantil e preservar os “direitos” paternos. Ceres aprova. “Aqui, vivemos a era do ‘filiarcado’, em que os filhos reinam”, critica ela. Ensinar as crianças a lidar com a frustração é a regra máxima de French Children Don’t Throw Food, ainda sem data para publicação no Brasil. Na abordagem francesa, os pais estabelecem uma “moldura” de limites. A imagem sugere fixar regras, mas com certa liberdade dentro delas. Com a moldura definida, as necessidades dos adultos permanecem, ao menos, no mesmo nível que as das crianças. Criar filhos é apenas parte do plano, e não um projeto de vida.
A certa altura, tudo parece funcionar bem demais para ser verdade. “Talvez Pamela seja muito afirmativa”, diz Ceres. Mas, como o livro é narrado com humor e certa ironia, a autora se redime de possíveis deslizes e passa uma mensagem libertadora para aquelas que ainda veem os filhos arremessando batatas fritas: “Mesmo boas mães podem não viver a serviço constante das crianças, e não há razão para se culpar por isso”, ensina Pamela.

Visto em: Conti Outra

Não são apenas músicas…#29



B.Y.O.B.

You!
Why do they always send the poor?

Barbarisms by barbaras
With pointed heels
Victorious victories kneel
For brand new spankin' deals

Marching forward hypocritic and
Hypnotic computers
You depend on our protection
Yet you feed us lies from the tablecloth

La la la la la la la la la la
Buuuuy

Everybody's going to the party have a real good time
Dancing in the desert blowing up the sunshine

Kneeling roses disappearing into
Moses' dry mouth
Breaking into Fort Knox, stealing
Our intentions

Hangers sitting dripped in oil
Crying freedom!
Handed to obsoletion
Still you feed us lies from the tablecloth

La la la la la la la la la la
Buuuuy

Everybody's going to the party have a real good time
Dancing in the desert blowing up the sunshine

Everybody's going to the party have a real good time
Dancing in the desert blowing up the sunshine

Blast off!
It's party time
And we don't live in a fascist nation

Blast off!
It's party time
And where the fuck are you?

Where the fuck are you?
Where the fuck are you?

Why don't presidents fight the war?
Why do they always send the poor?
Why don't presidents fight the war?
Why do they always send the poor?

Why do they always send the poor?
Why do they always send the poor?

Why do they always send the poor?

Kneeling roses disappearing into
Moses' dry mouth
Breaking into Fort Knox, stealing
Our intentions

Hangers sitting dripped in oil
Crying freedom!
Handed to obsoletion
Still you feed us lies from the tablecloth

La la la la la la la la la la
Buuuuy

Everybody's going to the party have a real good time
Dancing in the desert blowing up the sunshine

Everybody's going to the party have a real good time
Dancing in the desert blowing up the sun

Where the fuck are you?
Where the fuck are you?

Why don't presidents fight the war?
Why do they always send the poor?
Why don't presidents fight the war?
Why do they always send the poor?

Why do they always send the poor?
Why do they always send the poor?

Why do they always send the poor?
Why do they always send the poor?
Why do they always send the poor?

They always send the poor
They always send the poor

sábado, abril 21, 2018

Tá com dor? Cerveja alivia mais do que analgésicos

Aquela promoção de chopp em dobro no happy hour não faz bem apenas para seu bolso e para sua alma – sua saúde também agradece. Segundo pesquisadores da Universidade de Greenwich, no Reino Unido, 350 ml de cerveja tem efeito analgésico superior ao de remédios.
Nas palavras dos próprios cientistas que conduziram os estudos (em entrevista ao The Independent), funciona assim: a bebida eleva o teor alcoólico do sangue a cerca de 0,08%, “aumentando levemente o limiar de dor” e “reduzindo a intensidade dela.”
O que ainda não está claro é se o álcool reduz a dor porque age diretamente no cérebro ou porque ele reduz a ansiedade de quem bebe, fazendo-o lidar melhor com a dor.
Mas não se empolgue demais: trocar comprimidos analgésicos por cerveja toda vez que bater uma dorzinha não vai ser bom no longo prazo. Veja, por exemplo, a recomendação de consumo de álcool no Reino Unido: o ideal é que se tome, no máximo, 1 litro de cerveja por semana – cujo efeito analgésico, de acordo com o estudo, equivale ao de uns 3 comprimidos.

Visto em: Ciência Maluca

8 sintomas físicos da depressão que pouca gente conhece

Diferente do senso comum de que depressão é apenas tristeza, esta doença se caracteriza por um desequilíbrio nos neurotransmissores – mensageiros químicos em nosso cérebro responsáveis por nossas emoções, incluindo as sensações de bem-estar, prazer, disposição e serenidade.

Esse desequilíbrio químico pode “bagunçar” o organismo e causar uma série de sintomas bem conhecidos como falta de disposição, apatia, dificuldade para se concentrar, pensamentos negativos e a tristeza, associada muitas vezes isoladamente com a depressão.

O que pouca gente sabe é que esse desequilíbrio químico também causa sintomas físicos que muitas vezes fazem parte do quadro depressivo e são ignorados.

Veja quais são e não hesite em procurar ajuda se estiver com algum deles.

1. Problemas digestivos
Os níveis baixos de neurotransmissores afetam também a percepção da dor.
Em pacientes com depressão, é bastante comum a ocorrência da síndrome do intestino irritável, que causa desde dores abdominais até flatulência e mudanças no ritmo do intestino.
Muitas vezes, após procurar um médico especialista, o paciente acaba por descobrir que seu problema tem fundo emocional.

2. Dor de cabeça
Sim, a depressão também pode causar dores de cabeça.
Todos os sintomas emocionais acumulados, como insegurança, negativismo, medo, frustração acabam se manifestando no corpo como dor física. Esse processo é chamado pelos especialistas de somatização.

3. Distúrbios do sono
Aqui, os problemas estão em dois extremos: dormir em excesso, fugindo da realidade, ou não conseguir dormir porque torna-se impossível desligar-se dos problemas.
A qualidade do sono é afetada e o corpo não se recupera da maneira que deveria, com consequências na produtividade nas atividades diárias.

4. Tensão na nuca e nos ombros
A pessoa com depressão fica em constante estado de alerta. O resultado? Os músculos da nuca e dos ombros sofrem com a tensão. É muito comum esse tipo de dor associada a ansiedadee nervosismo causados pelo estado depressivo.

5. Cansaço
Lembra da queda dos neurotransmissores? Ela também causa prostração em pacientes com depressão.
Como consequência, a pessoa sente além do cansaço, fraqueza e falta de ânimo e vontade de fazer qualquer coisa.

6. O apetite muda, e o peso também
A depressão muda o apetite – seja provocando vontade de comer demais ou de menos. O resultado é que o depressivo pode tanto perder como ganhar peso demais.
Como cada caso é um caso, é necessário observar mudanças bruscas no apetite ou no peso e se for o caso, procurar ajuda.

7. Dores no corpo
Não é incomum pacientes depressivos sofrerem com dores generalizadas, principalmente nas costas e no peito. Esses sintomas podem ser consequência do cansaço, que gera uma postura errada, levando à dor.
Ser sedentário pode piorar as dores.

8. Imunidade baixa
A prostração da pessoa depressiva pode afetar indiretamente o sistema imunológico.
Como há liberação de hormônios descontroladamente, os anticorpos podem ser atingidos deixando o paciente vulnerável a várias doenças. E, como não há disposição para cuidar de si mesmo ou praticar atividades físicas, além de ingestão de álcool ou drogas, as doenças ficam mais propensas a aparecer.

Depressão é uma doença séria, que pode afetar todo o organismo.
Não tenha vergonha de pedir ajuda se notar que algum desses sintomas está prejudicando você.
Pode acontecer com qualquer pessoa – qualquer pessoa mesmo!
Não deixe de se cuidar

Visto em: Awebic

domingo, setembro 17, 2017

4 erros que você pode estar cometendo para combater a ansiedade

A ansiedade pode ser uma companhia frequente de muita gente, e por isso mesmo podemos achar que sabemos exatamente como lidar com ela. O problema é que nossos instintos nos levam a agir de maneiras que não são as melhores nessa situação.
Basicamente, a ansiedade desencadeia uma reação de “ lutar ou fugir” em nosso corpo, que age como se estivéssemos ameaçados; ou então nós simplesmente nos sentimos paralisados, incapazes de ter uma resposta racional àquele turbilhão de pensamentos e sensações.
De qualquer forma, nosso instinto é tentar fazer com que isso tudo desapareça o mais rápido possível para que possamos voltar ao normal. Mas, de acordo com especialistas, isso não só é inútil, mas pode até piorar as coisas.
Em sua coluna no site Psychology Today, a psicóloga Melanie Greenberg listou quatro coisas que não devemos fazer quando estamos no meio de uma crise de ansiedade*. Nós as listamos a seguir e você pode ver o post original (em inglês) aqui. (*Por dentro do assunto: 14 mitos e verdades sobre a ansiedade)

1. Tentar fazer a ansiedade sumir

“Esta estratégia é inútil porque não funciona. Você não pode fazer a ansiedade desaparecer apenas porque quer”. Depois do elegante tapa na cara, a autora explica que o medo e a ansiedade são coisas firmemente enraizadas em nosso cérebro porque têm uma finalidade evolutiva: no início da história humana, havia muitos predadores perigosos nos ameaçando e era fundamental para a nossa sobrevivência estar alerta e reagir o mais rápido possível ao menor sinal de perigo.
“A ansiedade é um sinal de que você precisa prestar atenção a algo que seu cérebro diz que é importante para sua sobrevivência. Ele indica isso liberando o hormônio cortisol para levar seu corpo a lutar ou fugir. Pode ser um alarme falso, mas tentar fazer com que isso suma só o tornará mais forte”.
A solução, então, é se manter consciente do que você está sentindo e agir estrategicamente, avaliando se existe realmente uma ameaça real e se há alguma ação de emergência a ser tomada. Conforme você se habitua a fazer isso, em vez de simplesmente agir automaticamente, sua relação com a ansiedade muda.

2. Buscar segurança a qualquer custo
É muito comum tentarmos nos acalmar buscando fatos e dados que nos confortem. Nós queremos encontrar respostas ou soluções definitivas aos nossos problemas, queremos nos sentir completamente seguros e nos controle da situação.
Seria maravilhoso se isso fosse possível com todas as coisas que nos causam ansiedade, mas a gente sabe que não é assim. E, quanto mais cavamos em busca de informações que nos acalmem, maior a nossa chance de encontrar outros motivos para nos preocuparmos. O tempo e o imprevisto sobrevêm a todos nós, e não há o que possamos fazer em relação a isso.

3. Ficar ruminando pensamentos e preocupações
“A preocupação foi definida como o componente cognitivo da ansiedade”, explica Greenberg. “Muitos de nós respondemos à ansiedade nos preocupando e analisando a situação, trabalhando diferentes respostas possíveis em nossa mente”. Claro que isso pode ser útil quando na dose certa, mas o problema é que, segundo ela, a maioria de nós faz isso demais.
E, quando a gente exagera na dose, começamos com pensamentos repetitivos e cada vez mais negativos e entramos em uma espiral de preocupação. Você com certeza já entrou nessas de ficar pensando coisas como “Por que ele(a) não respondeu minha mensagem ainda? Será que eu fiz algo de errado? Por que eu não consigo parecer legal nunca? Eu vou morrer sozinho? etc.”. Se você perceber que está entrando nessa, corra para se distrair com outra coisa. Alimentar esses pensamentos só os tornam mais poderosos.

4. Fugir de tudo o que lhe causa desconforto
Já dissemos que a ansiedade desencadeia a disposição de “lutar ou fugir”, e uma resposta ligada à fuga é evitar tudo aquilo que tem alguma chance de nos causar desconforto. Pode ser uma viagem com conhecidos, tocar um projeto novo, falar em público, confrontar alguém que tenha te tratado mal.
“O problema com a evasão é que isso piora a ansiedade no longo prazo. Você pode experimentar algum alívio de curto prazo ao estar longe da situação, mas fugir torna mais difícil enfrentar as coisas na próxima vez. Você começa a se ver como alguém que não consegue lidar com a situação e ela começa a parecer cada mais aversiva e ameaçadora”, duz Greenberg.
A solução? Fazer exatamente o contrário. “Quando você deliberadamente enfrenta situações que você teme, o medo começa a diminuir depois de um tempo, enquanto seu cérebro registra que nada de terrível está acontecendo”.

Viste em: Como as pessoas Funcionam

Meditação em 1 minuto

Como abrir seus 7 chakras (explicado por um desenho infantil)

É muito interessante quando vemos culturas e filosofias orientais sendo compartilhadas aqui no Ocidente, não acha?
Tudo fica ainda mais legal quando descobrimos que existe programas infantis promovendo este tipo de conteúdo.
O desenho animado “Avatar: A Lenda de Aang”, do canal Nickelodeon, dedicou 10 minutos de um episódio para introduzir o assunto dos 7 chakras principais para as crianças.
Clique no play abaixo para descobrir como abrir seus chakras.



Visto em: Awebic

terça-feira, agosto 29, 2017

A estranha geração dos adultos mimados

 Por

Tudo começou com uma colega minha de estágio, há mais de 10 anos, que pediu demissão por acreditar que “não foi criada para ficar carregando papel”. Sim, carregar papel fazia parte das nossas tarefas, enquanto ajudávamos o juiz e os demais servidores públicos com os processos do Tribunal. Acompanhávamos audiências, ajudávamos com os despachos e, sim, carregávamos papéis entre o segundo e o quarto andar do edifício.

Os pais da menina convenceram-na de que ela era boa demais para aquilo. Não importava que nós fôssemos meninas de 19 anos, no segundo ano da faculdade, sem qualquer experiência, buscando aprender alguma coisa e ganhar uns poucos reais para comer hamburguer nos finais de semana. Ela, que tinha a certeza de ser uma joia rara, foi embora, deixando sua vaga vazia no meio do semestre e sobrecarregando todos os demais, inclusive eu, sem nem se constranger com isso.

O tempo passou e, quando eu já era advogada, tive um estagiário de vinte e poucos anos que, três meses depois de ser contratado, solicitou dois meses de férias. Eu nem sequer entendi o pedido. Perguntei se ele estava doente ou se havia algum outro problema grave. Ele me respondeu que não, que simplesmente tinha decidido ir para a Califórnia passar dezembro e janeiro, pois a irmã estava morando lá e ele tinha casa de graça. Eu mal podia acreditar no que estava ouvindo. Deixei ele ir e pedi que não voltasse mais.

Alguns anos depois, ouvi um grande amigo me dizer que iria divorciar-se. Ele havia casado fazia menos de um ano, com direito a uma imensa festa, custeada pelos pais dos noivos. Mais uma vez perguntei se algo de grave tinha ocorrido. Ele me respondeu que “não estava dando certo”, discorrendo sobre problemas como “brigamos por causa da louça na pia”, “não tenho mais tempo para sair com meus amigos” e “acho que ainda tenho muito para curtir”. Me segurei para não dar um safanão na cabeça dele. Aos 34 anos ele falava como um garoto mimado de 16. Tentava explicar isso para ele, mas era como conversar com a parede.

Agora foi a vez de uma amiga minha, com seus quase 30 anos, que me disse que iria pedir demissão pois fora muito desrespeitada no trabalho. Como sou advogada trabalhista, logo me assustei, imaginando uma situação de assédio moral ou sexual. Foi quando ela explicou: meu chefe fez um comentário extremamente grosseiro no meu facebook. Suspirei e perguntei o que era, exatamente. Ela disse que postou uma foto na praia, num fim de tarde de quarta-feira, depois do expediente, e o chefe comentou “Espero que não esqueça que tem um prazo para me entregar amanhã cedo”. E isso foi suficiente para ela se sentir mal a ponto de querer pedir demissão de um bom emprego.

Eu não sei bem o que acontece com a minha geração. O fato de termos sido criados com cuidado e afeto pelos nossos pais, começou a confundir-se com uma espécie de sensação de que todos devem nos tratar como eles nos trataram. O chefe, o colega, o marido, a mulher, os amigos, ninguém pode nos tratar de igual para igual e muito menos numa hierarquia descendente. Se não for tratado a pão de ló, este jovem adulto surta, se julga injustiçado e vai embora.

Acho que o mundo evoluiu e as situações nas quais se tratava alguém com desrespeito são cada vez menos toleráveis, o que é ótimo. Também é ótimo o fato de sermos uma geração que busca felicidade e não apenas estabilidade financeira. É bom termos a coragem de mudar de carreira, de recomeçar, de priorizar as viagens e não a casa própria.

Mas nada disso justifica que a minha geração tenha comportamentos tão egoístas, agindo como verdadeiras crianças mimadas. E o grande perigo é que essas crianças mimadas têm belos diplomas e começam a ocupar cargos importantes nas empresas e no setor público. Vamos nos tornar um perigoso jardim de infância, no qual quem manda não pode ser contrariado e quem obedece também não. Isso não será uma tarefa fácil.

Visto em: Observador

10 razões pelas quais você nunca deve mexer com um empata

À primeira vista parece que os empatas são pessoas frágeis e emocionais.
Mas esta vulnerabilidade em sentir mais intensamente do que as outras pessoas é algo que você nunca deve tomar como uma fraqueza.
Na verdade, os empatas são dotados de uma superpotência que vai além de apenas “sentir mais profundamente”. Isso é apenas um subproduto do seu verdadeiro dom.
Eles veem através das mentiras e do fingimento. Se você acha que pode manipular a sua natureza, tenha em mente que eles sabem o que você está fazendo.
Qual é o dom primário de um empata?
Os empatas podem nascer com uma capacidade elevada de sentir os sentimentos alheios, no entanto, este não é o seu verdadeiro dom.
O seu dom primário é a compreensão divina da psicologia humana!
Isso lhes dá a capacidade de saber quando alguém está fingindo, mentindo, ou simplesmente não são quem eles disseram que eram. Algumas pessoas boas têm intenções cruéis, e os empatas podem reconhecer isso.
A melhor maneira de explicar este fenômeno é: eles apenas sabem. É como se tivessem um outro par de olhos que podem ver as intenções. Eles sabem ler as pessoas, e não são facilmente enganados.
Sim, toda essa sensibilidade,às vezes, pode ser esmagadora, mas qualquer um se sentiria tão intenso, se vissem o quanto as pessoas fingem e mentem ao seu redor o tempo todo!
As pessoas não mentem para os outros, necessariamente, mas mentem para si mesmas. As pessoas complicam tanto suas vidas! E se o mundo estivesse ciente de como é falso, quanto sofrimento é criado por causa dessa farsa, todos sentiriam a mesma intensidade que os empatas sentem.

Aqui estão 10 razões pelas quais você nunca deve mexer com um empata:

1. Empatas são basicamente detectores de mentira
Quando alguém mente, eles desligam certos movimentos do corpo subconsciente, dando pistas desse comportamento. Se você é um tipo de parceiro que não consegue controlar suas mentiras, não fique com um empata. Em breve você vai desfrutar do sabor do seu próprio remédio.
Formas comuns de identificar um mentiroso é o seu movimento ocular e a intenção de convencê-lo. A fim de mentir eles têm que virar as costas para suas emoções. Isso cria um tipo de desarmonia que pessoas sensíveis podem perceber.
No entanto, se você é um empata você já sabe disso. Você apenas não sabe como explicar porque você sabe, você apenas sabe. É o sentimento mais proeminente que você já sentiu em seu instinto.

2. Não tente enganá-los
Os empatas sentem os sentimentos de outras pessoas muito mais do que eles gostariam. Por causa disso, eles sabem quando você está fingindo.
Não tente esconder suas intenções cruéis em torno de um empata, isso simplesmente não vai funcionar. É como usar um chapéu colorido. Eles têm um sentido, como a visão, que simplesmente vê as intenções, assim como as pessoas veriam o chapéu colorido.
Eles podem ver através de seu disfarce conivente. E, muitas vezes, não se aproximam também, porque eles também estão cientes de que você, obviamente, tem algum tipo de distorção mental.

3. Eles sentem seu ciúme
Pessoas empatas podem sentir quando você está com ciúmes deles. Você pode esperar que isso os faça sentir mais carismáticos e confiantes, mas isso não é verdade. Os empatas podem saber quando você está com inveja deles por algum motivo, e eles, muitas vezes, demonstram humildade para fazer você se sentir mais confortável.

4. Eles sentem o ódio
Um dos sentidos mais predominantes que um empata sente é o ódio. O ódio é uma emoção tão negativa que dá uma energia poderosa. Os empatas são afetados por este sentimento. Eles não ficarão feridos por causa do seu ódio, mas preferem não ter sua alma afetada por sua energia negativa.
Eles não perdem o sono por qualquer ódio, que muitas vezes faz com que as pessoas os odeiem ainda mais. Eles estão confortáveis com quem são e não esperam ser mais que ninguém.

5. Eles conhecem seus preconceitos
Os empatas sempre saberão quando você tem um preconceito oculto e eles, provavelmente, perderão interesse em você. Isso porque eles veem as pessoas através de todas as camadas e sabem quem realmente somos no fundo. Rótulos não significam nada para eles!
Pessoas empatas não estão interessadas em pessoas que são superficiais ou egocêntricas. Eles não respeitam as pessoas que deixam rótulos determinar como eles veem os demais.

6. Eles sabem que você não está bem.
“Você está bem?”
“Sim, estou bem.”
“Não, você não está. Agora, conte-me tudo. “
Se você já teve essa conversa com um amigo, talvez ele seja uma empata. Os empáticos sabem quando você mente e também sabem quando você se sente mal. Ter um amigo que você possa conversar sobre as coisas é uma tremenda ajuda! Tire proveito das habilidades de cura do seu amigo e não minta para ele. Não tenha medo; eles querem ajudar.

7. Eles não gostam de bajuladores
Os empatas detestam conversa fiada. Não elogie falsamente um empata para ganhar seu afeto. Eles odeiam isso e sabem o que você está tentando fazer.
A habilidade mais poderosa de um empata é decifrar as ações e as intenções das pessoas. Eles percebem as camadas de sua psicologia, que nem você está ciente. Então, seja honesto com eles. É mais fácil!

8. Eles sabem quando você está no caminho errado
Se você tem um amigo empata e eles estão lhe dando avisos sobre os que você anda aprontando, é melhor ouvir.
Eles são bons em prever um comportamento destrutivo em potencial. Eles conhecem o seu raciocínio subconsciente, e sabem o que pode resultar disso; e eles vão te dizer se vale ou não a pena. Então, é melhor reavaliar seriamente suas intenções.

9. Eles sabem quando você está tentando ser alguém que você não é
Os empatas têm a capacidade de ver o interior da pessoa. Eles apreciam suas qualidades e seus defeitos! Não há nada mais atrativo para um empático do que alguém que é verdadeiro consigo mesmo.
Seja confiante em sua própria pele e não tente ser alguém que você não é. Especialmente na frente de um empata. Eles se apaixonam pela congruência porque sabem como isso é raro no mundo. Pessoas congruentes são como uma lufada de ar fresco para eles.

10. Eles podem identificar a exploração
Você se lembra de quando era criança e queria alguma coisa, então, você agraciava seus pais para conseguir o que queria.
Não faça isso com um empata. É mais provável obter o que você quer dizendo logo de uma vez, em vez de tentar parecer merecedor. Eles vão deixá-lo fazer o seu jogo, vão circular em torno de você, até que você fique cansado de brincar. É engraçado para eles verem até onde você vai.

Visto em: O Segredo

segunda-feira, julho 17, 2017

Não são apenas músicas…#28

The Police - Every Breath You Take