domingo, fevereiro 10, 2013

Nível do mar aumentará entre 30 e 106 centímetros até 2100

cpoi4kkqsrjtkxaklg6sdoqpcUma das consequências mais temidas do aquecimento global, o aumento do nível do mar foi medido em um novo estudo, publicado pela revista “Earth System Dynamics”. Segundo o pesquisador Mahé Perrette, do Instituto de Pesquisas do Impacto do Clima (PIK), da Alemanha, até o fim do século os oceanos aumentarão, em média, entre 30 e 106 centímetros - o Brasil ficaria dentro desta média.

Em outras regiões do planeta, a maioria de clima tropical, os oceanos podem sofrer uma elevação até 20% maior. A diferença se deve a fatores regionais, como ventos e correntes oceânicas. Países banhados pelo Oceano Índico serão mais atingidos, além de Japão, o sudeste da Austrália - onde está Sydney - e a Argentina, na região de Buenos Aires.

A Costa Leste americana, de acordo com Perrette, receberá um impacto menor do que o estimado por levantamentos anteriores. Como o derretimento de gelo nos polos mudará o campo gravitacional do planeta, no Atlântico Norte a perda de volume das geleiras da Groenlândia será menos sentida do que na Antártica.

A Groenlândia, segundo Perrette, produzirá um aumento do nível do mar “menos do que a média” - embora, ainda assim, haja um aumento. Uma Nova York debaixo d'água, por isso, não parece provável.

Sobre a grande margem definida como a “média global do aumento do nível do mar”, Perrette acrescenta que há "muitas incertezas" ligadas ao futuro das geleiras. Mas se a temperatura média global subir 5 graus Celsius - um cenário já estudado por climatologistas -, é quase certo que os oceanos elevem-se pelo menos em meio metro.

A principal forma de evitar desastres é diminuir a emissão de gases-estufa na atmosfera, o que conteria a elevação dos termômetros. Para quem quer pensar além da mitigação, os diques são uma “forma clássica”, segundo Perrette, para lidar com o problema. O governo holandês, que conta com a maioria de sua população em áreas abaixo do nível do mar, aumentou as verbas voltadas para esta medida. O pesquisador também recomenda que as cidades não direcionem futuros investimentos em áreas costeiras baixas.

Visto em: O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário